top of page

Guia Açores na Time Out



Essa é a terceira edição da Time Out sobre os Açores. Já no editorial da revista, João Pedro Oliveira, diretor da Time Out, destaca "Impressiona o cuidado com que aqui se abraça um turismo que se agiganta, a forma extremosa como toda gente cuida ainda e sempre de cada pedaço desta terra como se fosse o seu quintal. Num tempo em que o turismo precisa encontrar caminhos, talvez valha a pena fazer um desvio de 1500km em busca de ideias"


De mudança para o Faial em cerca de 15 dias, (re)confesso que nunca estive nos Açores. Quando cheguei à Portugal há 17 anos atrás, mais coisa menos coisa, ouvia falar do arquipélago, sugeriam-me que, vindo de uma terra de natureza farta (não São Paulo), eu provavelmente gostaria de lá mas, poucos davam-me mais detalhes porque a maioria também só tinha ouvido falar do tal arquipélago e de sua beleza. Não me interessei muito. Ainda estava numa fase muito mais interessada na beleza e dinâmica das grandes cidades europeias, depois das pequenas cidades, depois e várias vezes com pouco dinheiro e com a vontade ou necessidade de retornar ao Brasil e os Açores nunca entraram em qualquer plano de viagem para além de uma ideia distante. Naquela época, viajar para lá também não era tão fácil nem barato. Os vôos eram poucos e com valores altos, o pequeno número de opções de hospedagem ou muito elitistas ou muito selvagem. (recomendo a leitura quase cómica já no final da revista - páginas 78 e 79 - sobre o que a imprensa internacional diz sobre os Açores agora e o que dizia há mais de 100 anos)


Então, num dia de conversa solta, decidimos ir viver para os Açores (podem ler sobre o processo de decisão aqui). Eu continuava sabendo pouco sobre o arquipélago ou sobre qualquer uma de suas ilhas, então fui dar uma estudada no assunto e achei algumas manchetes que comparavam os Açores com Hawaii, indicavam-no como o novo destino de aventura do mundo ou como um dos principais destinos de verão da Europa, destacando o papel das companhias aéreas low costs no impulsionamento do turismo na região. Comecei a imaginar um futuro repleto de camionetas de excursão para além do limite das estradas selvagens das ilhas, pontes entre o Faial e o Pico, resorts e parques de diversão simulando aquilo que as ilhas tinham de verdade: natureza e aventura. Não era uma imagem feliz.


Então...

"Açores quer ser o 1º arquipélago sustentável do mundo"

O jornal Observador.pt narrava que "Os Açores apresentaram esta semana a candidatura a destino do turismo sustentável, no decorrer de uma conferência que reuniu especialistas regionais, nacionais e internacionais da área. A iniciativa da Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo do Governo Regional culminou com 41 empresas a assinarem uma cartilha de sustentabilidade, assumindo, assim, o compromisso de “internalizar os objetivos do desenvolvimento sustentável” em 2018, tal como se lê no comunicado de imprensa enviado às redações."" (leia mais aqui)

Meu deu ainda mais vontade de fazer parte disso tudo, de estar num lugar com uma proposta real para não se tornar o Hawaii, Miami, Singapura, Ko Phi Phi e outros tantos lugares que nós conseguimos estragar com a ganância e a falta de cuidado.

Hoje os Açores, que assume o título de Certificado Pela Natureza, possui 3 classificações da Unesco: Património Mundial, Reserva da Biosfera e Geoparque (ver quadro retirado da revista abaixo):

Se quiserem ver mais alguns dados e/ou comparações, fiz um post sobre isso faz algum tempo. Leia aqui.

Enfim... ler a revista aumentou ainda mais a vontade de chegar, conhecer e fazer parte disso tudo.

Aproveito para destacar o parágrafo que descreve como subtítulo da ilha do Faial, aquela que escolhemos para viver até que se prove o contrário:

FAIAL, Uma Espécie de Centro do Mundo.

Ou será uma espécie de fim do mundo? De um lado temos a cosmopolita cidade da horta, que acolhe marinheiros de todo o planeta. Na outra ponta temos os Capelinhos, um cenário de outro planeta.

O Faial é muitas coisas diferentes - só nunca é uma chatice.

Adorei!

Conheça o Guia na íntegra no site da Revista Time Out. Clique aqui!

You Might Also Like:
bottom of page